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    T2, Ep. 30 | Orlando Panza: «O jogo evoluiu muito e tem de ser acompanhado pela evolução organizativa e competitiva»

    Está Tudo Hóquei - O Podcast: falamos com os jogadores, treinadores e olhamos de uma forma própria para a modalidade. Vamos olhar para os jogos que se avizinham, falar com os protagonistas e ouvir as histórias.

    A Final-Four da WSE Champions League vai ser um dos momentos mais importantes da temporada. A competição que vai juntar no Super Bock Arena, ou se preferir, Pavilhão Rosa Mota, FC Porto, Sporting, Oliveirense e OC Barcelos está a gerar grande expectativa.

    Neste episódio do Está Tudo Hóquei recebemos Orlando Panza, Chairman da modalidade na World Skate Europe e falamos sobre a grande empreitada que vai estar na cidade do Porto no próximo fim-de-semana, mas também sobre as novas competições e os novos modelos competitivos das provas europeias a partir de 24/25.

    zerozero: Foi difícil convencer as entidades promotoras do espaço a voltar a abrir as portas ao hóquei e ao desporto?

    Orlando Panza: O objetivo do crescimento e de fazer uma Final-Four com qualidade exigia que procurássemos um espaço com maior qualidade e que nos garanta a tradição que o hóquei patins tem. Quanto às entidades, sendo difícil adaptar o espaço, porque é uma competição desportiva, e nesta versão não estava preparado para isso, o processo foi relativamente simples. Conseguiu-se de forma natural.

    Orlando Panza durante a cerimónia de apresentação da Final-Four da WSE Champions League @WSE

    zz: O Orlando Panza gosta de andar na sombra deste mediatismo, mas esta é daquelas medalhas que vai orgulho poder mostrar. O facto do Pavilhão Rosa Mota voltar a ter jogos de hóquei patins.

    OP: Não quero medalhas nenhumas, o objetivo é sempre em prol do hóquei, não é nada meu, não fui eu que o consegui. É uma equipa vasta que trabalhou nisso, tivemos parceiros como a Sigma Stars que nos ajudou neste processo. O mérito não é meu e não é com esse objetivo que estou no hóquei. Estou no hóquei há 40 e alguns anos, primeiro como atleta, depois como árbitro e agora como dirigente e estou neste papel, porque acredito que tenho de devolver alguma coisa à modalidade, depois dela me ter dado tanto, principalmente na minha formação como pessoa. Se sou o adulto que sou, deve-se ao desporto e principalmente ao hóquei patins e sinto que devo dar um pouco de mim à modalidade. Não ando à procura de reconhecimento.

    zz: Dizemos isto no sentido de ser um palco tão icónico e não haver ali nada da modalidade há 24 anos. Quase que arrepia pensar que vamos voltar a ver no Rosa Mota jogos de hóquei.

    OP: Certo, por isso eu disse que o hóquei patins é uma modalidade de tradição. Por isso disse que queríamos aliar a tradição à modernidade e o espaço permite-nos isso. Queremos que seja algo que fique na memória da pessoa.

    zz: Acredito que seja uma enorme empreitada, pois o Super Bock está formatado para sala de espetáculos. Para vocês, também é um desafio.

    OP: Acredito que vai ficar tudo perfeito.

    zz: Estamos a falar de uma pista, de balneários... coisas que nesta altura não existem.

    OP: Exato. É uma empreitada muito grande. Temos de dar um passo na modernidade. Nos últimos 15 anos o jogo evoluiu muito, está muito diferente: mais rápido, mais atlético... Essa evolução do jogo, tem de ser acompanhada pela evolução organizativa, competitiva. Tudo isso tem de ser atrativo para as pessoas, para recuperar aqueles que gostam de hóquei e que acredito que alguns estejam adormecidos. Este é o caminho para trazer novamente as grandes molduras humanas ao hóquei patins.

    qNos últimos 15 anos o jogo evoluiu muito, está muito diferente: mais rápido, mais atlético... Essa evolução do jogo, tem de ser acompanhada pela evolução organizativa, competitiva.
    Orlando Panza, Chairman WSE Rink Hockey

    zz: Esse desafio foi o que levou a World Skate Europe ter algumas mudanças nos modelos competitivos para 24/25.

    OP: Sim, sem dúvida. Este é um processo mutante. Os modelos competitivos que introduzimos há dois anos tinham o pressuposto de trazer uma nova roupagem, ser mais atrativo, trazer mais competitividade ao jogo. Agora foi feita uma análise do ponto de situação e para lançar um bocado o futuro quisemos fazer ajustes ao modelo competitivo, torná-lo ainda mais competitivo em cada jogo, projetar as competições europeias de clubes para outra dimensão, quer no masculino, quer no feminino.

    zz: Quais são as grandes mudanças?

    OP: Fundamentalmente, vamos apresentar duas competições novas. São competições europeias de clubes. Vamos aproximar a competição feminina à competição masculina. É importante e é algo que temos conseguido fazer, com a introdução do europeu de Sub-17, que era um passo essencial para projetar desde a base o hóquei feminino. Vamos ter a Champions feminina e vamos introduzir a WSE Cup feminina. Espero que crie alguma atratividade aos clubes femininos da Europa, para trazer mais competição.

    zz: Vamos ter mais equipas femininas a disputar as provas europeias. A nível do modelo competitivo da Champions feminina vamos ter o regresso ao modelo de dois grupos de quatro equipas.

    OP: A ideia é reduzir o número de clubes da Champions feminina, ter apenas oito equipas, e alargar a WSE Cup para ter mais equipas a competir.

    zz: Na parte masculina há mais uma competição: qual o objetivo, ter clubes de menor expressão a lutar por uma competição europeia?

    OP: Também na parte masculina as diferenças competitivas na Europa são claras. Esse é um fator real que existe. Tentamos nivelar a competição. O objetivo é fazer com que equipas, que por vezes vão fazer um jogo a saber que o resultado está feito, possam entrar numa competição para competir e possam chegar às fases mais adiantadas da competição. É esse o objetivo, é esse o fator, tentar levar competitividade a outros lugares da Europa, que neste momento têm estado fora das decisões dos títulos europeus e das competições.

    Super Bock Arena vai receber a Final-Four da WSE Champions League @WSE

    zz: Será uma competição em formato de eliminatórias, tal como a WSE Cup.

    OP: Obviamente que para termos mais competições temos de encontrar datas de calendário, sem prejudicar as competições internas nos diversos países. O objetivo é que essas duas competições - WSE Cup e WSE Trophy - sejam disputadas em formato de eliminatória. A única ronda de qualificação prévia, que será apenas uma e não duas como nos anteriores, tem a ver com a WSE Champions League, que vai continuar a ser, esta ronda de qualificação, em formato concentrado.

    zz: Como vai funcionar?

    OP: Vão ser 16 equipas, quatro grupos e apenas o vencedor passa para a fase de grupos da WSE Champions League. O segundo e o terceiro passam para a WSE Cup e o quatro classificado vai para a WSE Trophy.

    zz: Na WSE Champions League temos também uma mudança de formato.

    OP: Sim, sempre com o objetivo de projetar o futuro e a competitividade. Entendemos que a WSE Champions League tem de ser o motor da modalidade. Estão ali, seguramente, as melhores equipas do Mundo e esta competitividade vai projetar a nossa imagem. Vai ser uma competição com 12 equipas, dois grupos de seis equipas e que nos vai elevar o número de jogos, assim como a competitividade entre eles. Vai ser algo mais competitivo para as equipas.

    zz: Acredito que seja um trabalho em sintonia com os clubes: o que lhe dizem os clubes?

    OP: Vamos falando com toda a gente, de forma mais formal ou informal, e sabemos que é impossível ter a unanimidade das opiniões, mas tentamos trabalhar em consonância com os clubes e as federações para atingir o melhor para o hóquei. Nem sempre é fácil, mas acho que este modelo agrada à generalidade dos clubes e federações.

    Orlando Panza falou no zerozero sobre as novas provas europeias e os novos modelos competitivos @WSE

    zz: Com estas novidades todas, vai ser possível saber já com temos datas e locais das provas?

    OP: Esse é o grande problema. No que respeita ao calendário, acredito que em julho vamos ter tudo fechado e com sorteios feitos. Os locais das fases finais é sempre um bocado mais difícil de encontrarmos os parceiros que nos garantam com a antecedência que todos gostaríamos de anunciar e de preparar. Mas, naturalmente, este trabalho vai ajudar-nos a queimar etapas.

    zz: Ainda é muito difícil convencer autarquias e entidades da importância de receber um europeu de Sub-17 feminino, ou até mesmo um europeu feminino. É muito difícil fazer esse trabalho.

    OP: Tem sido, tem sido difícil ter esses apoios e muitas vezes terem a dimensão. Eu explico um caso concreto. No ano passado foi difícil fazer o europeu feminino, por falta de local. Acabámos por fazer em Olot, Espanha, e fechou-se imediatamente o Sub-17 masculino e feminino para Olot. Ou seja, foi preciso primeiro abrir a porta e depois houve o interesse natural de continuar com provas. Por vezes, recebemos o ceticismo de receber uma competição que não se conhece. Essa é uma dificuldade que tem acontecido, mas aos poucos temos ultrapassando e as pessoas vêm ao nosso encontro. Tem sido nas competições clubes e nomeadamente na WSE Champions League sair de Portugal, porque em Portugal as portas já estão abertas em alguns sítios, há algum interesse em receber a Final-Four em vários locais, fora existe alguma reticência em fazer. Este ano, por exemplo, atrasamos um pouco o anúncio por havia a possibilidade de se fazer em Espanha, mas nunca se concretizou, por um ou outra situação e atrasou-nos no processo de trabalho, mas foi bem feito e bem resolvido.


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    Orlando Panza
    NomeOrlando Panza
    Nascimento/Idade1979-06-19(44 anos)
    Nacionalidade
    Portugal
    Portugal
    FunçãoDiretor Executivo

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